| 13/07/2006 07h23min
A onda de terror em São Paulo voltou a atormentar a população pelo segundo dia consecutivo. Foram pelo menos 48 ataques hoje. Os alvos nesta noite foram os ônibus, o que prejudicou a locomoção de milhares de pessoas. Desde a terça, o número de ações criminosas ultrapassa cem. O guarda civil municipal da cidade de Cabreúva, Elias Soares Pinheiros, de 37 anos, foi alvejado com um tiro na cabeça e morreu quando dois bandidos numa moto atiraram contra a viatura, que fazia ronda escolar.
Segundo o Bom Dia Brasil, da Rede Globo, foram pelo menos 16 ônibus queimados nas últimas horas. Conforme o Globo Online, das 18 empresas que atuam na cidade, funcionam a Octri e a Himalaia. O rodízio de veículos foi suspenso. Trens e metrô funcionam, mas já circulam lotados. Os ataques do crime organizado continuaram. Pelo menos mais cinco agências bancárias foram atacadas.
De acordo com o Globo Online, em São Vicente, litoral sul do Estado, um menino de dois anos queimou-se no rosto depois que bandidos atearam fogo no ônibus pelas janelas sem deixar que todos os passageiros saíssem. A mãe da criança também ficou ferida.
O último balanço da Secretaria de Segurança Pública, divulgado às 22h desta quarta, registra 73 ataques em todo o Estado e seis mortes . As vítimas, pelos cálculos da secretária são: um policial militar, a irmã dele, três vigilantes de empresas privadas e um guarda civil, assassinado em Cabreúva, no interior do estado.
Outras três mortes foram registradas ontem: um policial baleado que perdeu a vida em um hospital da zona norte assim como o filho de um ex-carcereiro em São Vicente. Os casos estão sendo tratados como assaltos pela polícia, mas a possibilidade de ligação com os ataques será investigada. No início da noite, um agente de presídio morreu em Campinas.
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