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 | 05/07/2006 21h41min

Juventus já admite rebaixamento para Série B do Italiano

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A Juventus já admite ser rebaixada, mas para a Série B. Nesta quarta, um dos advogados do clube que está no escândalo esportivo da Itália considerou "aceitável" que a Juve seja punida com o descenso, mas não para a Série C, como pediu o promotor do tribunal instalado na sala de assessoria de imprensa do Estádio Olímpico, em Roma.

Este princípio de acordo foi formulado pelo advogado Cesare Zaccone. Ele admitiu que os ex-dirigentes juventinos Luciano Moggi e Antonio Giraudo fizeram "negociações impróprias" com funcionários da Federação Italiana, mas insistiu que elas não ficaram caracterizadas como manipulação de resultados. Indagado pelo juiz Cesare Ruperto sobre qual seria a punição apropriada para essa má conduta, o advogado respondeu:

– Uma pena aceitável seria a mesma pedida pelo promotor para os outros clubes (Milan, Lazio e Fiorentina), a Série B.

Moggi e Giraudo, que renunciaram aos cargos em maio, são acusados de ter criado um sistema de corrupção que incluía desde interferência na escala de árbitros até a indicação de jogadores que deveriam ser punidos com cartões. Segundo o promotor Stefano Palazzi, eles mantinham contato constante com juízes.

Moggi se diz inocente mas se recusa a depor. Segundo Zaccone, telefonemas interceptados não provam que Moggi e Giraudo buscavam influir nos resultados e sim o que ele chama de "lobby", que poderia ser considerado antiesportivo.

Outros acusados também se dizem inocentes. Franco Carraro, ex-presidente da Federação Italiana, disse que só se comunicava com um árbitro quando achava que um erro poderia ter comprometido o resultado de um jogo.

– Sempre pedi a eles para cometerem o menor número de erros possível – jurou.

Mas o promotor rebateu a afirmação, dizendo que os telefonemas provam que a Fiorentina e a Lazio influenciavam na escala de árbitros e em decisões em campo, em conjunto com Carraro e funcionários da federação. Também está sendo julgado o vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, mas a acusação é deslealdade, e não de acerto de resultados.

Agência Estado
 

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