O governo israelense aprovou hoje uma série de medidas para que o exército avance no território de Gaza e intensifique seus ataques contra alvos do Hamas, depois que um míssil disparado ontem por milicianos dessa organização islâmica caiu em um colégio da cidade de Ashkelon. O exército israelense adentrou no norte da Faixa de Gaza e tomou posições onde ficavam os assentamentos judaicos desmantelados no ano passado por Israel.

De acordo com moradores locais, tanques israelense avançaram dezenas de metros a partir da fronteira do norte de Gaza. Porém, o exército do país não confirma a informação. Segundo as testemunhas, os veículos tomaram posições onde antes estavam localizados os assentamentos de Elei Sinai e Nissanit, nas proximidades da zona fronteiriça do norte da Faixa de Gaza.

Milicianos palestinos entraram em confronto com tropas e tanques israelenses em sua passagem por vários pontos da fronteira de Gaza, à altura da localidade palestina de Beit Hanun. O Exército israelense recebeu também sinal verde para que suas forças avancem a partir do norte de Gaza e rodeiem as principais cidades para impedir a liberdade de movimento de milicianos.

– O objetivo da operação, como se definiu desde o começo, é e continua sendo o de libertar o soldado seqüestrado Gilad Shalit e cessar os disparos de foguetes e bombas –, afirma um comunicado divulgado esta tarde pelo Escritório de Imprensa do Governo.

O exército israelense iniciou há dez dias a operação "Chuvas de Verão" para encontrar o soldado seqüestrado. O documento ressalta que Israel continuará atacando alvos do Hamas tanto em Gaza como na Cisjordânia, com especial ênfase nas instituições e infra-estruturas que servem ao terrorismo.

AGÊNCIA EFE