| 01/07/2006 08h20min
Não era Marcos Camacho, o Marcola, o entrevistado do jornalista Roberto Cabrini, em reportagem exibida pela TV Bandeirantes no dia 18 de maio. A conclusão é de um laudo feito pelo Instituto de Criminalística (IC), a pedido da juíza auxiliar do Departamento de Execuções Criminais e Corregedoria dos Presídios (Decrim) do Tribunal de Justiça de São Paulo, Isaura Cristina Barreira.
Em nota, a Bandeirantes declarou que o laudo do IC "está longe de ser a última palavra".
A entrevista foi apresentada durante a onda de ataques do Primeiro Comando
da Capital (PCC), como se tivesse sido concedida pelo líder da facção, por celular, de dentro do Centro de Ressocialização Provisório de Presidente Bernardes. A juíza determinou ontem que uma cópia da perícia fosse mandada à 1ª Delegacia Seccional, que abriu inquérito para investigar o caso. A polícia também deverá enviar informações à Justiça sobre o andamento das investigações e cópia do depoimento do
jornalista.
Na próxima semana, os ministérios públicos Estadual e Federal pedirão cópia do laudo para instruir seus inquéritos.
– Se ficar confirmado que não era o Marcola, a emissora pode ser responsabilizada até por apologia ao crime – disse o procurador Sérgio Suiama.
Após mandar o documento para o perito Ricardo Molina, o advogado da emissora, Cid Vieira de Souza Filho, disse que o laudo é "imprestável".
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