| 18/05/2006 18h15min
A Secretaria de Segurança Pública abriu inquérito para apurar a veiculação de uma entrevista pela TV Bandeirantes com um líder do crime organizado. Exibida na madrugada desta quinta-feira, a reportagem do jornalista Roberto Cabrini, mostrou uma gravação com um líder do crime organizado. Nela, o repórter diz que falou com o preso Marcos Camacho, o Marcola, pelo celular. Segundo as autoridades, desde sábado, Marcola está na penitenciária de Presidente Bernardes.
Na entrevista, o suposto criminoso conta como foi tomada a decisão de deflagrar uma onda de ataques a São Paulo. O que provocou reação das autoridades paulistas, no entanto, foi o uso do telefone celular. Para o governo paulista, a penitenciária de Presidente Bernardes é de segurança máxima e, portanto, seria impossível que a entrevista tivesse sido feita com Marcola, como deu a entender a reportagem.
O governador Claudio Lembo afirmou que Marcola está incomunicável e que o governo de São Paulo irá à Justiça pedir esclarecimento à TV Bandeirantes . Segundo o governador, o secretário de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, negou a ele que o detento tenha conseguido falar por celular.
A primeira reação da Secretaria de Administração Penitenciária foi afirmar, por meio de sua assessoria de imprensa, que a TV Bandeirantes deveria provar que a entrevista era verdadeira . Mais tarde, divulgou nota na qual afirma que a entrevista é falsa . Diante disso, o Globo Online decidiu retirar o conteúdo transcrito da entrevista do ar, enquanto aguarda manifestação da TV Bandeirantes.
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