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 | 25/06/2006 21h31min

Juiz anuncia decisão sobre a Varig nesta segunda

Magistrado pode optar pela falência, novo leilão ou convocação dos credores

O juiz responsável pela recuperação judicial da Varig, Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, tomará nova decisão sobre a companhia nesta segunda. O magistrado tem três opções para o futuro da empresa: decretar a falência, chamar novo leilão ou convocar os credores para analisar a proposta de venda realizada pela VarigLog, que ofereceu US$ 495 milhões pela empresa.

Com a aprovação da venda da VarigLog à Volo, anunciada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na última sexta, fica aberto o caminho para uma nova tentativa de venda da Varig. Caso Ayoub, que examinou a proposta feita pela VarigLog durante o fim de semana, considere a oferta adequada ao modelo aprovado em assembléia de credores, pode chamar nova rodada de ofertas. Embora seja pouco provável que surjam novos interessados, o juiz explicou que precisa abrir a oportunidade.

Ayoub pode ainda convocar os credores, caso conclua que a oferta da VarigLog é diferente da já aprovada. Ele terá de chamar os credores para uma nova reunião, onde a proposta será avaliada e votada.

A terceira opção é decretar falência. É a menos provável das hipóteses, mas Ayoub disse diversas vezes, na sexta, que não decretou falência até agora porque não houve pedidos. Se algum credor apresentar o pedido, o juiz terá de se manifestar.

A proposta que a VarigLog faz à Varig prevê que a companhia fique voando com uma frota de 30 aviões, principalmente para o Exterior,  e uma malha  pequena para dar suporte às conexões em Guarulhos (São Paulo). As concorrentes têm se posicionado contra a venda da VarigLog via Sindicato  Nacional das Empresas Aéreas (Snea).

No final de semana, continuou o sufoco dos brasileiros retidos nos aeroportos nacionais e internacionais por causa dos cancelamentos dos vôos da Varig. O plano de emergência para atendimento dos passageiros com bilhetes da empresa acabou sexta, cessando também a obrigação de endosso por outras empresas. Apesar do fim da exigência, as demais companhias aéreas mantiveram a medida.

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