O Avaí teve mais sorte do que juízo na partida contra o Joinville, sábado à tarde, dia 29 de junho, no Estádio Estádio Ernesto Schlemm Sobrinho, o Ernestão. O Leão perdeu para o JEC por 2 a 0, mas acabou beneficiado pelas derrotas de Criciúma e Tubarão e obteve a vaga para disputar o título do segundo turno do Octogonal do Catarinense 2002 contra o Figueirense.

No final, o resultado negativo foi muito comemorado pelos cerca de 50 torcedores avaianos que compareceram no Estádio. Dentro de campo, o que se viu foi um clássico de um único time, o Joinville. Bem postado do início ao fim da partida, o tricolor mostrou qualidade na execução das jogadas. O lateral Zé Carlos e o meia Perdigão, jogadores que não devem permanecer no clube para o segundo semestre, tiveram atuações destacadas.

Nem parecia o mesmo Joinville que tanto apanhou neste ano, sendo eliminado de competições importantes como a Copa do Brasil e a Copa Sul-Minas de forma melancólica. Na memória dos torcedores, ficou pelo menos o consolo da equipe ter feito uma das melhores apresentações em casa e justamente num clássico regional.

O Avaí, por sua vez, nem parecia estar precisando da vitória para chegar as finais do campeonato. A equipe da Capital entrou em campo literalmente desligada, sem objetividade e mostrando falhas seguidas no setor de marcação. O Leão praticamente deixou o JEC fazer o que queria até os 19 minutos do primeiro tempo, quando o meia Perdigão, cobrando pênalti sofrido por Curê, abriu o marcador: 1 a 0.

Na melhor chance da azurra, aos 33 minutos, Milton limpou dois zagueiros e chutou rasteiro no canto direito de Marcão, que faz grande defesa. Na segunda etapa, quando todos esperavam uma reação avaiana, novamente o JEC deu as cartas do jogo. Aos sete minutos, Lico ampliou cobrando falta da entrada da área, no ângulo direito do goleiro Flávio. Em, seguida, doze minutos depois, o zagueiro Fabrício cometeu falta violenta na intermediária adversária e foi expulso.

Com um homem a mais em campo, o técnico Flamarion Nunes tirou os dois laterais e colocou dois atacantes. A mexida não deu certo. O JEC continuou melhor e, por pouco, não aumentou a vantagem com Zé Carlos, aos 38 minutos. Depois disso, com a confirmação da derrota do Tigre para o Marcílio Dias, em Itajaí, os dois times passaram a trocar passes até o final do jogo.

– Fizemos uma má partida. Agora, se quisermos ser campeões, temos que arrumar muita coisa – disse Flamarion.

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JEAN BALBINOTTI/DIÁRIO CATARINENSE