| 20/06/2006 14h08min
O representante da NV Participações – único grupo a fazer oferta no leilão da Varig, ligado ao TGV (uma associação de trabalhadores da empresa) – esteve na sede do BNDES para solicitar um empréstimo de US$ 150 milhões para capital de giro e recuperação de aeronaves que estão paradas. Segundo Márcio Marsillac, não foram incluídos no pedido os US$ 75 milhões que a NV Participações terá que depositar até sexta-feira para concretizar a compra da empresa aérea.
Segundo Marsillac, os investidores que participam do consórcio estão se mobilizando para levantar os US$ 75 milhões dentro do prazo de 72 horas previstos na lei. Marsillac, no entanto, ainda não revelou quem são os investidores que respaldariam a proposta de compra. Ele prometeu atualizar o plano de negócios da consultoria Alvarez e Marsal e entregá-lo ao banco na quinta-feira. O BNDES, por sua vez, argumenta que precisa receber garantias para conceder financiamentos.
– A empresa vai precisar de capital de giro e recursos para a recuperação de aviões. Foi isso que levamos ao BNDES. Acertamos com eles os ajustes necessários no plano de negócios, entregue pela consultoria Alvarez e Marsal, que deve ser atualizado para as condições de hoje, para que então o banco avalie a viabilidade de empréstimo à Varig Operacional – disse Marsillac.
Ele também comentou que desde cedo a atual direção da Varig está reunida na sede da empresa no Rio detalhando um plano de contingência com prioridade para vôos internacionais e rotas rentáveis. Segundo Marsillac, a Varig tem nesta terça-feira 25 aeronaves voando e outras 36 estão paradas. Entre as que estão no chão, 20 são por falta de pagamento às empresas de leasing e por ameaça de arresto por decisões judiciais. Outras 16 estão em manutenção.
– Estamos analisando esses fatos e montando um plano de contingência. Mas sabemos que a existência da Varig depende também da decisão da Corte de Nova York. O que queremos também é de um mínimo de apoio governamental para que possamos implementar as ações de recuperação da companhia. Se a decisão do juiz Robert Drain, de Nova York, for tirar a proteção da Varig e não conseguirmos tempo para negociar com as empresas de leasing, a situação ficará ainda mais complicada.
Quanto à BR Distribuidora, Marsillac disse que a direção da companhia está negociando com a estatal o tempo de fornecimento de combustível. Ao ser perguntado sobre como fica a situação dos passageiros, Marsillac disse apenas que eles serão atendidos dentro da capacidade da companhia, mas que a empresa vai sempre informar aos usuários o que está acontecendo.
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