| 20/06/2006 11h32min
Um dia depois de ter sua venda homologada pela Justiça, a Varig registrou pelo menos 50 vôos cancelados na manhã desta terça. Os números foram confirmados pela Infraero. A confirmação do negócio feita pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, no entanto, mantém um clima de insegurança na empresa. A NV tem 72 horas a contar da homologação para efetuar o depósito inicial previsto no edital, de US$ 75 milhões (cerca de R$ 172,5 milhões). No leilão do dia 8, a NV ofereceu R$ 1,01 bilhão pela Varig Operacional.
Reprsentantes da NV se reúnem hoje com técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na tentativa de obter os recursos para o depósito inicial.
Entre os credores, o acordo com a BR distribuidora para fornecimento de combustível terminaria nessa segunda, mas a BR Distribuira garantiu na manhã desta terça que a Varig ainda tem combustível para voar durante o dia de hoje. O acordo fechado entre a BR e a Varig para o pagamento de combustível com recebíveis de cartões de crédito terminou na segunda-feira. No entanto, a empresa cancelou dezenas de vôos e, com isso, está conseguindo economizar combustível.
Além da dívida com a BR, há o temor de que sejam arrestados aviões. Na quarta, a Corte de Nova York exigirá que a Varig comprove ter recursos para pagar os arrendadores de aeronaves. A empresa tem 25 aviões sob ameaça de arresto (23 usadas em vôos internacionais). A frota da Varig de 60 aviões conta com apenas 42 voando. Esse é um dos principais fatores que forçam a definição de quem será o investidor que depositará os imprescindíveis US$ 75 milhões.
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