O fim de semana foi marcado por tensão em presídios de três Estados brasileiros. Detentos de São Paulo, Espírito Santo e Rondônia fizeram reféns, entre mulheres e crianças.

Em São Paulo, a situação foi tensa em cinco unidades prisionais. Depois de três rebeliões na sexta-feira, em Araraquara, Mirandópolis e Itirapina, novos motins foram registrados no sábado, nos presídios de São Bernardo do Campo, Parelheiros, Suzano, Franco da Rocha e São Carlos. Neste último, os presos se rebelaram devido à superlotação do local. O motim só foi encerrado na manhã deste domingo, depois da promessa de que alguns detentos seriam transferidos.

O prédio ficou bastante destruído. A Polícia Civil acredita que será necessária a transferência temporária de todos os presos até que a reforma seja feita.

No Espírito Santo, duas rebeliões foram encerradas no final da tarde deste domingo, na Casa de Passagem de Vila Velha, na Grande Vitória, e da Penitenciária Regional de Linhares. Em Vila Velha, o motim começou na quarta-feira. Os quatro reféns que ainda estavam em poder dos presos foram liberados. Um preso morreu no início do tumulto.

Na Penitenciária de Linhares, o motim foi controlado depois que o Batalhão de Missões Especiais invadiu o presídio. Um helicóptero da Polícia Militar foi usado para facilitar a ocupação do prédio. Um detento foi espancado e jogado do alto do prédio, mas não morreu. Até as 21h deste domingo, ainda havia rebelião no Estado. Na penitenciária de segurança máxima de Viana, os detentos mantinham aproximadamente 100 reféns.

Em Porto Velho, Rondônia, detentos do presídio de Urso Branco iniciaram um motim na tarde do sábado. Junto aos cerca de 1,1 mil presos do local havia mais de 200 reféns, entre mulheres e crianças. A rebelião foi encerrada na noite deste domingo.