| 18/06/2006 10h21min
O governo paulista informou que os tumultos ocorridos em quatro unidades prisionais da Grande São Paulo foram encerrados ainda na noite de sábado. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), apenas na Cadeia Pública de São Carlos um carcereiro ainda estaria sendo mantido como refém.
Os movimentos nas cadeias foram considerados pacíficos pela SAP, que não quis classificá-los como rebeliões. Conforme a assessoria, não houve "nenhum registro de violência" como quebra de imóveis e nem reivindicações dos detidos. O jornal Estado de S. Paulo destacou que a assessoria da Secretaria não soube informar o motivo que teria levado os presos a se rebelarem.
Os tumultos tiveram início na manhã de sábado, e a polícia teria agido apenas se posicionando em volta das unidades, sem a necessidade de intervenção.
Na cadeia pública de São Carlos o diretor da unidade estaria negociando com os presos a libertação de um carcereiro que é mantido refém desde a tarde de sábado. Não há notícias de pessoas feridas. Os detentos reclamam da superlotação da prisão, que tem capacidade para 60 mas abriga 224 sentenciados.
Os motins desse fim de semana em várias unidades prisionais deixaram as autoridades em alerta, com o temor da repetição da onda de violência que tomou conta de São Paulo no mês passado depois de uma série de rebeliões coordenadas pela facção criminosa PCC.
Na sexta-feira outras três rebeliões foram registradas no Interior de São Paulo. Em Itirapina, 213 km a noroeste da Capital, um preso foi morto por rivais e os amotinados atearam fogo em colchões e derrubaram diversas portas. Algumas unidades da Febem no Estado também enfrentaram tumultos na sexta e sábado, mas os motins foram rapidamente controlados.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.