O advogado Sérgio Wesley da Cunha diz que está sendo usado como bode expiatório para desvio do foco sobre a responsabilidade das autoridades de São Paulo na onda de ataques criminosos no Estado. O advogado foi acusado pelo ex-funcionário da Câmara Arthur Pilastre Silva de ter comprado a fita dos depoimentos reservados do diretor do Deic, Godofredo Bittencourt, e do delegado Rui Ferraz, que foram dados à CPI do Tráfico de Armas dois dias antes do início dos ataques.

De acordo com informações da Globo Online, Sérgio Wesley disse não saber porque o ex-funcionário se auto incriminou para denunciá-lo. Ele acredita que há interesse político do presidente da CPI, deputado Mourani Torga (PFL-Ceará), de tirar do governador de São Paulo, que também é do PFL, e do ex-governador do Estado Geraldo Alckmin, do PSDB, parte do ônus da responsabilidade sobre o descontrole dos ataques de facções criminosas.