| 16/05/2006 15h28min
O diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, admitiu hoje a possibilidade de a Petrobras aceitar ser indenizada com gás natural pela nacionalização de suas refinarias na Bolívia. A proposta já foi ventilada pelo ministro de Hidrocarburos do país, Andrés Soliz Rada, e pelo presidente da estatal Boliviana YPFB, Jorge Alvarado, na semana passada.
– O gás é dinheiro, assim como qualquer outro combustível se tivermos mercado. Não temos nada contra a proposta – afirmou, ao participar de almoço promovido pelo Clube de Engenharia do Rio de Janeiro.
Ele disse, no entanto, que a empresa não trabalha com a possibilidade de não ser indenizada pela transferência das ações de suas duas refinarias para a estatal boliviana.
Nesta semana, começam as reuniões entre representantes da empresa brasileira, da YPFB e do governo de ambos os países, que definirão, entre outros assuntos, o valor a ser transferido à Petrobras. Cerveró também contou que as relações entre Brasil e Venezuela não foram abaladas em função do apoio do presidente Hugo Chávez à nacionalização do gás boliviano.
– Tivemos a nossa reunião mensal durante na semana passada e o que posso dizer é que os acordos conjuntos nas áreas de refino e exploração de óleo e gás continuam de pé – garantiu.
Um dos projetos que a Petrobras avalia na Bolívia é a construção de uma unidade de liquefação de gás natural na Venezuela. Em princípio, o projeto seria voltado para exportações aos Estados Unidos e Europa. No entanto, caso o Brasil venha a precisar de GNL, passará a ser um potencial mercado, segundo o diretor.
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