| 13/05/2006 16h30min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu à noticia dos assassinatos de policiais em São Paulo culpando indiretamente pela violência seu adversário político, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato à presidência da República. Segundo Lula, o episodio é conseqüência de falta de investimentos em educação.
Lula não quis nomear Alckmin. Mas contestou a expressão que tem marcado a campanha do tucano-a de que o Brasil precisa de um "choque de gestão"-e disse que o que o país precisa é de "um choque de inclusão".
Lula aproveitou para explorar dois temas que o PT considera como grandes pontos fracos do ex-governador: a crise na Febem e a falta de segurança em São Paulo.
– Eu não estou nominando ninguém, eu não vou nominar. É uma cultura brasileira de confundir investimento em educação com gasto. De investir em política social com gasto. De vez em quando, se cria a seguinte coisa: precisamos ter um choque de gestão, choque de gestão significa cortar gasto, significa mandar gente embora e eu prefiro utilizar um choque de inclusão.
O presidente continuou a falar, como se tivesse num discurso de campanha:
– Nós precisamos investir no povo brasileiro. Essa é a chave da questão, investir nas pessoas, dar comida, dar escola, que as pessoas vão se transformar em pessoas sadias, independentes e saudáveis, e não vão precisar roubar, e não vão precisar matar, não vão precisar fazer isso. Eu lamento pelas vítimas, pelos familiares, mas é o resultado de um país que durante a metade do século XX foi governado entendendo que investimento em educação era gasto, que investimento em saúde era gasto, que investimento em política social era gasto, o resultado é gasto em bandido.
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