| 11/05/2006 19h18min
A Petrobras divulgou no final da tarde desta quinta-feira uma nota de repúdio às declarações do presidente da Bolívia, Evo Morales. Segundo ele, a empresa agia ilegalmente no país e que não seria indenizada pela nacionalização de seus ativos.
As declarações de Morales foram feitas um dia após a emissão de nota assinada em conjunto pelo governo da Bolívia e do Brasil sobre os próximos passos que seriam tomados na negociação. Dizendo-se surpreendida, a Petrobras afirmou categoricamente que sempre atuou estritamente dentro da lei, na Bolívia assim como em todos os países onde opera ou operou.
A companhia ressaltou ainda que os contratos firmados para operação na Bolívia foram decorrentes de acordos bilaterais entre os governos do Brasil e do país, que resultaram ainda na construção do gasoduto Bolívia-Brasil, e na exploração de gás nas áreas de San Alberto e San Antonio. A empresa também destacou que os contratos respeitaram o arcabouço legal vigente na Bolívia na época de sua elaboração e que cabe às instâncias legais e arbitrais, e não ao presidente ou a qualquer representante do poder Executivo, o juízo dessas questões.
Do encontro desta quarta-feira participaram os ministros de Minas e Energia do Brasil, Silas Rondeau, e de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz-Rada, além dos presidentes das estatais Petrobras e YPFB, José Sergio Gabrielli e Jorge Alvarado, respectivamente. Ficou acertado que era preciso respeitar as normas e fazer os esclarecimentos para a nacionalização do gás. E que possíveis perdas decorrentes deste ato seriam compensadas.
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