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Apesar da vitória obtida no Senado com a eliminação da Lei de Subversão Econômica, o presidente Eduardo Duhalde viu crescer nesta sexta-feira, dia 31 de maio, as pressões para a antecipação das eleições na Argentina. Segundo a imprensa de Buenos Aires, lideranças peronistas já articulam a antecipação das eleições de setembro de 2003 para dezembro deste ano. Uma alta fonte do Partido Justicialista (PJ, peronista) revelou que o governo pretende antecipar as eleições presidenciais, mas de setembro para março de 2003.
Outra fonte do governo, no entanto, explicou que as eleições poderiam ser realizadas em dezembro "para que o novo governo assuma em março". Algumas lideranças do peronismo como os governadores José Manuel de la Sota (Córdoba), Carlos Reutemann (Santa Fé) e Felipe Solá (Buenos Aires), além de vários deputados ligados ao ex-presidente Carlos Menem, defendem eleições gerais para todos os cargos, e não apenas para presidente.
A revista semanal britânica The Economist afirma que Duhalde ainda não tem um plano econômico coerente, cinco meses depois de ser eleito, e por isso deverá organizar eleições antecipadas e renunciar.
A Argentina está tentando obter um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre um novo programa financeiro, mas primeiro tem que atender a algumas condições. Na noite de quinta-feira, o governo argentino obteve uma delas, quando o Senado revogou a Lei de Subversão Econômica. O FMI também quer que as províncias reduzam seus déficits fiscais em 60% neste ano. Oito das 24 províncias já assinaram esse acordo.
A redução dos gastos nas províncias, junto com a reforma da Lei de falências e a revogação da Lei de Subversão Econômica – já decididas pelo Congresso – é o terceiro principal requisito do FMI para negociar nova assistência financeira para a Argentina.
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