A Organização Mundial de Comércio (OMC) não conseguiu cumprir o prazo para definir as modalidades de negociação da Rodada de Doha. No caso da agricultura, isso definiria a fórmula de redução tarifária, abrangência das listas de produtos considerados sensíveis e funcionamento de salvaguardas.

As modalidades deveriam ter sido estabelecidas até o início de 2003, mas o prazo foi adiado para dia 30 de abril deste ano. Com o fracasso da reunião deste final de semana, em Genebra, perdeu-se novamente o prazo da Rodada Doha – série de negociações que começou em setembro de 2001.

Em nota divulgada no dia 1º de maio o G-20 – grupo de países em desenvolvimento – criticou mais uma vez o adiamento das decisões.

– As propostas do G-20 permanecem como uma base sólida para acordo. O grupo reverá suas propostas e as de outros membros de forma a contribuir para avanços e convergências.

Segundo a nota, as negociações só serão concluídas se promoverem "para todos os membros". Por isso, a nota afirma ser "essencial que os principais países subsidiadores melhorem suas propostas em apoio doméstico e as ofertas atuais em acesso a mercados".

Ao abrir a reunião ordinária do comitê de negociações comerciais, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, disse que ainda é possível chegar a um consenso nas negociações, mas só se o "sentimento de urgência" estiver presente em cada uma das delegações.

– Devemos direcionar nossos esforços em trabalhar intensiva e continuamente, e de maneira eficiente em um texto base do processo de negociação – afirmou.

Diz a nota que o prazo de 30 de abril para apresentar as propostas foi perdido. A idéia é que elas estejam concluídas antes do verão no hemisfério norte (junho).

AGÊNCIA BRASIL