| 02/05/2006 13h
Ao contrário do que afirma a Petrobras, o ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, David Zylberstajn, afirma que, efetivamente, há risco de o país ter de passar por um racionamento de gás natural.
– O governo, no limite, vai ter que pensar efetivamente em corte, eu diria um apagão, um racionamento efetivo de gás. Quem vai ser afetado ou não é uma coisa que tem de se trabalhar tecnicamente. Não se pode criar a ilusão de que nada vai acontecer. Não existe milagre – afirmou Zylberstajn, em entrevista à TV GloboNews.
Para o especialista, se o governo tiver de substituir o gás natural por outros combustíveis, em caso de corte no fornecimento da Bolívia, a auto-suficiência em petróleo também poderá estar comprometida.
– O gás corresponde a 300 mil barris de petróleo por dia. Significa que vai aumentar o consumo de óleo que atingiu a auto-suficiência e, eventualmente, a gente saia dela. É uma hipótese. Eventualmente,
exigir que os veículos circulem mais com
gasolina do que com o gás. É um cenário crítico mas não está londe de acontecer – avaliou.
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