| 02/05/2006 08h56min
Para tentar resolver o impasse diplomático desencadeado pela nacionalização das reservas, da exploração e da produção de petróleo e gás da Bolívia, o presidente Lula pretende conversar por telefone com o presidente boliviano Evo Morales. Fontes extra-oficiais dão conta de que Lula será duro, afirmando que considera inaceitável o prejuízo de uma empresa brasileira que investiu um US$ 1 bilhão na Bolívia. O presidente convocou para a manhã desta terça uma reunião de emergência para discutir a crise.
O encontro, que definirá as diretrizes de reação do país, será no Palácio do Planalto e contará com as presenças do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e do assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Conforme o jornal O Globo, na conversa com Evo Morales, Lula destacará que entende a preocupação de seu colega boliviano em preservar suas riquezas naturais, mas que esperava uma solução negociada.
Até ontem, a Petrobras agia com diplomacia diante das ameaças de Evo Morales. Com a situação posta com o decreto, a estratégia brasileira será revisada.
Nas negociações, o Brasil terá que resolver se a Petrobras será indenizada pelas ações que obrigatoriamente terá que repassar à Bolívia. A estatal boliviana passará agora a controlar preço e quantidade ofertada. Outra questão é saber quem terá controle sobre o transporte de gás.
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