| 01/05/2006 19h22min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou para a manhã desta terça-feira uma reunião de emergência para discutir a crise com a decisão da Bolívia. O governo boliviano determinou a total nacionalização das reservas, da exploração e da produção de petróleo e gás, medida que afeta duramente a Petrobras, que já tem pelo menos US$ 1 bilhão investido em seus negócios bolivianos. O encontro, que definirá as diretrizes de reação do país, será no Palácio do Planalto e contará com as presenças do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e do assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Silas Rondeau reagiu fortemente à decisão do governo boliviano de nacionalizar as reservas petrolíferas da Bolívia. Ele considerou a medida como um sinal de que o governo da Bolívia interrompeu as negociações com o Brasil e com a Petrobras.
– Considero o gesto inamistoso, que pode ser entendido como um rompimento dos entendimentos que vinham sendo mantidos pelo governo brasileiro com o governo boliviano – disse Silas.
As discussões sobre a reação do Brasil começaram hoje. No Itamaraty, a cúpula da chanceleria está reunida desde o início da tarde buscando informações, tendo o secretário-geral Samuel Pinheiro Guimarães à frente, e mantendo contato permanente com a Embaixada do Brasil na Bolívia para entender melhor os nove artigos do decreto assinado pelo presidente Evo Morales. O chanceler Celso Amorim está em Genebra e também mantém o presidente Lula informado sobre o desenrolar do evento.
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