| 01/05/2006 17h42min
O presidente cubano, Fidel Castro, aproveitou hoje a comemoração do primeiro de maio para reivindicar os lucros econômicos da revolução, em um ato no qual anunciou um maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e criticou os Estados Unidos.
Fidel falou a milhares de pessoas concentradas na Praça da Revolução de Havana, o mesmo cenário que no sábado recebeu o ato central da cúpula que manteve com os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Hugo Chávez. Eles firmaram uma aliança "antiimperialista" para garantir um modelo de integração regional alternativo ao proposto pelos Estados Unidos.
O líder cubano voltou hoje a falar sobre as vantagens da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), assinada com a Venezuela e à qual a Bolívia acaba de aderir. Os acordos com a Venezuela, disse, são "um passo considerável no caminho da unidade e da verdadeira integração entre os povos da América Latina e do Caribe".
Durante seu discurso de cerca de três horas e meia, Fidel se referiu ao ritmo de crescimento da economia cubana.
– A economia cresceu no primeiro trimestre de 2006 mais que os 11,8% alcançados em 2005, e seu ritmo atual avança a mais de 12,5% – disse.
O líder cubano também criticou os EUA devido às manobras que uma frota desse país realiza no mar Caribe, para "intimidar" Cuba, Venezuela e o resto da América Latina. Fidel considerou "cínica e desavergonhada" a atitude dos EUA no âmbito do terrorismo, por acusar Cuba e Venezuela no último relatório elaborado pelo Departamento de Estado enquanto estuda a naturalização do anticastrista Luis Posada Carriles, acusado de atos terroristas por Havana e Caracas.
Fidel insistiu em denunciar o fracasso do embargo econômico imposto pelos EUA à ilha há mais de 40 anos, e disse que Washington não conseguiu seu objetivo de quebrar a economia da ilha.
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