| 27/04/2006 14h35min
A possibilidade de o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiar grupos interessados na compra da Varig coincide com reivindicação dos funcionários da companhia aérea. A avaliação é do consultor econômico da entidade Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que reúne as associações de empregados da empresa e sindicatos do setor aéreo, Paulo Rabello de Castro.
O economista afirmou que a posição do ministro Waldir Pires sobre o assunto está em consonância com o pleito apresentado pelos funcionários da Varig ao presidente do BNDES, Demian Fiocca.
– Totalmente de acordo, dentro da lei e com garantias. É tudo o que a nossa Varig precisa e pode oferecer. Vamos ver se eles (referindo-se ao BNDES) sabem agir com a mesma rapidez com que financiaram grupos estrangeiros – destacou.
Paulo acredita ainda que existe possibilidade legal para negociar a posição da Varig como credora e devedora. É o caso, por exemplo, da dívida com estatais como a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Ele constatou que há saídas legais para a negociação da dívida.
– Não há só uma saída. O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Adylson Motta, disse que o TCU já flexibilizou a posição de cobrança de certas estatais, desde que isso seja dentro de um plano organizado de recuperação.
Na avaliação do consultor econômico da TGV, "o próprio TCU sabe que cobrar é preciso, desde que não engasgue o devedor e o obrigue a quebrar, porque aí a dívida se torna incobrável".
A dívida da empresa com a Infraero, por exemplo, é de R$ 515 milhões. Destes, R$ 133 milhões representam a dívida corrente e o restante está resguardado pelo processo de recuperação judicial da empresa. A dívida total da Varig soma atualmente R$ 7 bilhões. A empresa teria a receber da União cerca de R$ 4,5 bilhões.
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