| 26/04/2006 12h06min
A russa Maria Sharapova, número 3 do mundo no tênis, também tem ligação com o desastre na usina nuclear de Chernobyl, episódio que completa 20 anos hoje. Buscando não serem contaminados com o efeito da radiação, que ocupou 23% do território de Belarus em 26 de abril de 1986, Yuri Sharapov e sua mulher deixaram Gomel, região bielo-russa que fica a apenas 25 quilômetros do local.
O destino foi a cidade siberiana de Niagan, situada na calma região de Khanti Mansisk, do outro lado da cordilheira dos Urais e a 1.800 quilômetros de Moscou.
Em 19 de abril de 1987, menos de 12 meses depois do fatídico acidente, nascia Maria Sharapova.
Logo após a menina completar três anos de idade, sua família se mudou novamente, agora para o balneário de Sochi, às margens do Mar Negro. Aos quatro, ela pegou em sua primeira raquete, um presente do agora ex-jogador russo Yevgueni Kafelnikov.
Durante a realização de alguns testes em Moscou, ninguém menos que Martina Navratilova, uma das lendas do tênis feminino, aconselhou ao pai de Sharapova, Yuri, que levasse sua filha para uma academia de tênis na Flórida.
Em 1994, Yuri Sharapov, com duas passagens de avião e US$ 700 no bolso, levou sua filha, então com 7 anos, rumo aos Estados Unidos, em busca de fortuna.
O famoso Nick Bolletieri, descobridor de talentos como Agassi e Courier, não demorou a comprovar o talento natural de Maria, enquanto seu pai pagava o aluguel e as contas trabalhando no setor da construção.
Por sua vez, a mãe da tenista teve negado seu pedido de visto de entrada mais de uma vez, e só se encontrou com eles dois anos depois.
Com 9 anos e após obter uma bolsa de estudos, Sharapova já conseguira seus primeiros contratos publicitários com a Prince, marca de raquetes de tênis, e a Nike. Aos 15, ela chegou à decisão das chaves juvenis do Aberto da Austrália e Wimbledon, superando jogadoras até dois e três anos mais velhas.
A número 3 do tênis mundial voltou à Rússia em outubro do ano passado, após 11 anos de ausência, e negou que tenha intenção de naturalizar-se norte-americana, apesar de residir permanentemente na Flórida.
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