Além dos 11 mil funcionários da Varig que correm o risco de ficar sem emprego caso a companhia pare de voar, a crise na empresa espalha a ameaça de demissões também nas agências de viagens.

Responsáveis pela emissão de 80% dos bilhetes aéreos comprados no país, as agências estimam que 170 mil trabalhadores poderiam ser dispensados em todo o Brasil se a Varig entrasse em falência.

Segundo Carmen Marun, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens no Estado,  as agências são responsáveis solidários, segundo o Código de Defesa do Consumidor, pelo reembolso das passagens das companhias em caso de problemas de embarque.

– Isso provocaria uma quebradeira geral – disse.

Carmen lembra que, no caso do fim das operações da Vasp e da Transbrasil, as empresas de turismo não sofreram impacto tão grande porque as duas companhias, juntas, representavam apenas 2,5% do mercado doméstico.