| 12/04/2006 13h04min
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse estar confortável no cargo e que tem a confiança de Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro ainda afirmou que o presidente não quer que ele saia da pasta. Bastos fez as declarações durante audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o andamento dos processos de indenização dos anistiados políticos.
– Se ele (Lula) quiser que eu não fique, eu não fico e o cargo é dele. Mas eu conto com a confiança do presidente da República. Estou fazendo um trabalho respeitável no Ministério da Justiça, na coordenação do governo e vou continuar fazendo isso – disse Bastos.
O ministro da Justiça deve ir à Câmara dos Deputados na próxima terça-feira para esclarecer seu envolvimento do episódio da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Bastos já havia se oferecido para ir ao Congresso no início desta semana e pediu para antecipar o depoimento.
– Venho com muita honra. Me ofereci para depor, depois pedi a antecipação desse depoimento – informou.
Thomaz Bastos deverá esclarecer alguns pontos envolvendo o caseiro, que acusou o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci de freqüentar uma casa alugada em Brasília por ex-assessores seus na prefeitura de Ribeirão Preto. Na casa, seriam realizadas festas e haveria partilha de dinheiro.
Posteriormente, Francenildo teve quebrado o sigilo de sua conta na Caixa Econômica Federal e a publicação do extrato na imprensa. Assessores do Ministério da Justiça estavam na casa do então ministro da Fazenda quando ele recebeu cópia do extrato da conta do caseiro.
Thomaz Bastos poderá ser questionado sobre reunião que teria participado na casa de Palocci no dia 23 de março, logo após a quebra do sigilo. A oposição afirma que a reunião seria para discutir a defesa de Palocci - prova de que Thomaz Bastos teria conhecimento do crime, tornando-o cúmplice.
AGÊNCIA EFEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.