| 12/04/2006 12h22min
O Ministério Público Militar encaminha nas próximas horas à Segunda Auditoria Militar a denúncia contra 14 policiais militares que trabalharam na segurança do Estádio Beira-Rio no jogo Inter x Fluminense, em 2 de outubro de 2005, quando dezenas de torcedores saíram feridos.
Quatro são oficiais que comandaram as ações da Brigada: majores Nelson Alexandre de Moura Menuzzi, que comandava o Batalhão de Operações Especiais (BOE) e Jefferson de Barros Jacques; e os capitães Luciano Chaves Boeira e Reginaldo Luciano Guerra. Os outros 10 são praças. O inquérito identificou 17 vítimas de lesões praticadas pelos policiais.
O promotor João Barcelos de Souza Júnior explicou que inicialmente houve um recuo dos PMs que foram atacados por um grupo de baderneiros, mas, em seguida, a reação foi contra torcedores que não estavam envolvidos:
– A tropa se reuniu e, quando a coisa já estava serenada, não precisava mais aquela atitude, eles avançaram contra a massa. Então, eu vejo que a atitude deles ali foi intempestiva, desnecessária e ainda enxergou a massa de torcedores daquele setor como uma tropa inimiga – relatou.
De acordo com o promotor, os causadores do tumulto eram poucos e poderiam ser identificados pela Brigada, que utiliza câmeras de vídeo para gravar imagens da torcida nos jogos. Os 14 policiais foram indiciados por lesão corporal. Segundo o Código Penal Militar, o delito prevê pena de três meses a um ano de detenção. De acordo com a assessoria de comunicação da BM, o Comando não vai se manifestar sobre a denúncia.
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