| 07/04/2006 15h35min
A assessoria do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) afirmou que o parlamentar já está fora do Conselho de Ética. A decisão foi tomada na quarta-feira. Delgado e mais quatro integrantes do Conselho decidiram que, caso o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) fosse absolvido no plenário, continuar no Conselho não teria mais sentido, já que o plenário da Câmara não respeitava as decisões do colegiado. Estavam no almoço os deputados Chico Alencar (P-Sol-RJ), Marcelo Ortiz (PV-MG), Nelson Trad (PMDB-MS) e Orlando Fantazzini (P-Sol-SP).
Os cinco parlamentares seguiram depois para a Câmara, onde se reuniram com os deputados Cézar Schirmer (PMDB-RS) e Carlos Sampaio (PSDB-SP). Naquele momento, os dois concordaram com o grupo. Caso mais um condenado pelo Conselho de Ética fosse salvo pelo plenário, anunciariam a renúncia coletiva. Tanto que Fantazzini, que viajaria no dia seguinte para o exterior, deixou assinadas a carta da renúncia e a formalização do ato para a Mesa.
A carta foi entregue depois ao presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), chancelada também pelos deputados Benedito de Lira (PP-AL) e Cláudio Magrão (PPS-SP). Como Izar protestou contra a renúncia coletiva, Ortiz, Trad e Sampaio voltaram atrás. Pelo telefone, nesta sexta-feira, Júlio Delgado, Chico Alencar, Orlando Fantazzini, Cézar Schirmer, Benedito de Lira e Cláudio Magrão combinaram que vão manter suas posições, não voltando mais ao Conselho de Ética.
– Na segunda-feira, cumpro a burocracia e formalizo a minha renúncia. Mas já não integro mais o Conselho – afirmou Delgado, por meio de sua assessoria de imprensa.
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