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 | 06/04/2006 14h38min

Governo negocia visita de Thomaz Bastos à Câmara

Base do governo não quer constrangimento de uma convocação

Não houve quórum na votação do plenário da Câmara nesta quinta para a inclusão em pauta do requerimento do PPS que pede a convocação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que busca decisão consensual entre os líderes dos partidos sobre requerimento de convocação do ministro da Justiça.

Apenas 82 deputados apoiaram o requerimento de inclusão, mas o quórum da votação, que precisava ser de 257 votos, ficou em 109. Oito partidos declararam obstrução e seus deputados presentes não foram contados para validar a votação: PMDB, PT, PDT, PL, PP, PTB, PCdoB e PSB.

Apesar de não se opor à vinda do ministro, a base de apoio ao governo prefere que Thomaz Bastos, que já acertou uma ida ao Senado, decida sobre uma data oportuna para seu comparecimento, o que seria apressado por uma convocação.O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), informou aos deputados que a presença do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, pode ser negociada para um momento oportuno ao chefe da pasta.

– Tem sido praxe dos ministros desse governo estar presente sempre que necessário – defendeu.

Para Chinaglia, é desnecessário o constrangimento de uma convocação do ministro, que teria apenas a finalidade de acirrar a disputa política, ao fazer relações forçadas sobre a participação na quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

Já o líder do PSDB, deputado Jutahy Júnior (BA), considera fundamental a vinda do ministro imediatamente para prestar esclarecimentos sobre o que ele chamou de "operação de governo" para desmoralizar o depoimento do caseiro.

– Esse esquema buscou assessores do ministério da Justiça, e o ministro precisa responder por isso – acusou.

Chinaglia, no entanto, isentou Thomaz Bastos de qualquer responsabilidade no caso.

– O ministro da Justiça cumpriu seu papel na hora certa e informou o presidente da República, de quem é subordinado – afirmou.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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