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 | 05/04/2006 15h48min

Renan se diz otimista em relação à CPI dos Correios

César Borges afirmou que relatório do PT é uma história da carochinha

O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse estar otimista com o andamento das discussões em torno da votação do relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Correios. Renan afirmou hoje que desconhece o mérito do relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), mas considera importante sua votação.

– Eu estou muito otimista. O fundamental é que tenhamos um relatório. Que seja um relatório que reflita tudo o que ocorreu durante esses meses todos. O acordo que se quer é um acordo de procedimentos, para organizar a votação. A discussão ontem terminou à meia-noite, vamos retomá-la hoje, até às 17h, quando impreterivelmente começaremos a votação – disse Calheiros.

O senador César Borges (PFL-BA) lembrou que foi a própria bancada de apoio ao governo que escolheu Serraglio para a relatoria da comissão. Para ele, ela tenta desmoralizá-lo por ter apresentado um parecer muito próximo de toda a verdade.

– O PT quer derrubar o relatório de Serraglio e aprovar uma ficção. O relatório apresentado pelo PT é uma história da carochinha, ao dizer que não havia mensalão, que o partido foi iludido por Marcos Valério, envolvido por sua sedução – disse.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) demonstrou preocupação com rumores na manhã de hoje de que o PT estaria tentando negociar com o relator da comissão. O partido estaria pedindo a alteração de diversos pontos de seu relatório, em troca da retirada do substitutivo global apresentado pelo partido na noite de ontem.

Ramez Tebet (PMDB-MS), por sua vez, apelou para que os partidos façam um esforço a fim de superar divergências e, assim, garantir a aprovação do relatório final da comissão. Segundo o senador, chega a ser inacreditável que, depois de longos meses de trabalho e de tantos fatos investigados, surja a ameaça de finalização das atividades sem um relatório, por falta de entendimento entre as forças políticas.

– Os partidos precisam ter um momento de grandeza, no qual as questões partidárias sejam deixadas de lado – cobrou.

AGÊNCIA SENADO
 

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