| 25/03/2006 17h05min
O escândalo que empurrou a crise política novamente à rampa do Palácio do Planalto conseguiu unir pela primeira vez os discursos do PT e do governo em apoio ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Até os radicais se calaram em nome de uma operação conjunta de salvamento. Esse esforço inédito, porém, poderá ser insuficiente para garantir a permanência do ex-prefeito de Ribeirão Preto à frente da política econômica.
Tudo depende dos desdobramentos das investigações sobre o caso envolvendo o vazamento do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. A única possibilidade de Palocci continuar ministro seria um desfecho rápido da investigação da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro que mostrasse que a violação não teve envolvimento da assessoria da Fazenda. A investigação da Polícia Federal, no entanto, tem indícios da participação de colaboradores de Palocci. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, existe a possibilidade de o ministro deixar o cargo já na segunda-feira. Enquanto o impasse não se resolve, a ordem é preservar o condutor da economia. Um comando partiu do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto a oposição pedia o impeachment de Palocci, Lula reuniu os principais ministros para uma determinação: – Não quero saber de desentendimentos. A ordem é defender Palocci.Até mesmo o vice-presidente José Alencar, consagrado pelas constantes críticas à política de juros, foi convocado a entrar na mobilização. O efeito apareceu em seguida.
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