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Estigmatizado pela suspeita de ter sido adquirido com dinheiro doado por banqueiros do jogo do bicho, o prédio que abriga a sede estadual do PT, na Avenida Farrapos, 88, centro da Capital, será desocupado nas próximas semanas para dar lugar a grupos ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em reunião marcada para esta quinta-feira, dia 18, representantes do Clube de Seguros da Cidadania – proprietário do prédio – e do MST devem acertar os detalhes da ocupação.
O prédio será cedido em comodato para o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR) e a Pastoral da Juventude Rural (PJR), além do MST. O Clube da Cidadania não cobrará aluguel. As despesas com pagamento de IPTU, água e luz serão pagas pelos novos inquilinos.
O acerto entre o Clube da Cidadania e o MST pautou discussões nos gabinetes e no plenário da Assembléia Legislativa. Deputados da oposição viram no fato uma oportunidade de atingir o PT.
– A decisão comprova a estreita ligação do PT com os movimentos responsáveis pela desordem e insegurança no campo, negada pelos maiores líderes do partido, como o candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva, disse Vilson Covatti (PPB).
Vice-presidente estadual do PT, Paulo Ferreira disse que "as tentativas de atingir o PT com a polêmica da sede fracassaram na CPI". Ele não acredita que a oposição consiga atingir o PT durante a campanha eleitoral deste ano reabrindo a polêmica.
Em correspondência enviada ao PT, em agosto do ano passado, o presidente do Clube da Cidadania, Diógenes Oliveira, havia comunicado o término de suas atividades comerciais e o cancelamento do acordo de comodato que mantinha com o partido. A carta foi enviada ao partido antes das conclusões da CPI da Segurança.
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