O deputado federal Alceu Collares (PT) reafirmou na tarde de hoje que vai concorrer ao Palácio Piratini. O anúncio foi feito ontem. Já em clima de campanha, em entrevista à Rádio Gaúcha o deputado fez um breve histórico de sua carreira política e acusou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, de estar tomando decisões jurídicas em favor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre um possível conflito com o PMDB, já que dois dos secretários do governo de Germano Rigotto são do PDT e o PMDB deve ter candidato próprio, o deputado disse que, na opinião dele, os secretários pedetistas já deveriam ter saído do governo em março do ano passado.

– Cheguei a pedir que o PDT saísse do governo, por escrito, em março de 2005, por concepções diferenciadas principalmente no encaminhamento da coisa pública – disse.

Apesar de ter insistido, em 2005, que não seria candidato a governador, o parlamentar desistiu da reeleição à Câmara motivado por pesquisa realizada pelo Ibope entre os dias 8 e 12 de janeiro. Segundo dados do instituto, Collares liderou o cenário no qual o governador Germano Rigotto (PMDB) está fora da disputa e o candidato do PT é o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto.

– PDT tava sem candidatura enquanto os outros estavam se movimentando – afirmou Collares, dizendo que pretendia dar chance a outros pedetistas, como Pompeu de Mattos.

Com a pesquisa, no entanto, líderes da sigla fizeram um apelo, segundo o deputado, e ele resolveu aceitar.

– Uma coisa é ter o apoio do partido, eu tenho 99% do partido, outra coisa é eu aparecer com chance em uma pesquisa, porque aí é gente de fora – explicou.

Collares disse que o projeto de governo ainda está em elaboração, mas uma das bases será a reforma educacional defendida pelo líder pedetista Leonel Brizola.

O lançamento oficial da pré-candidatura de Alceu Collares está marcado para o dia 11 de fevereiro, em Capão da Canoa.