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 | 25/01/2006 17h02min

OIT alerta para crise de emprego sem precedentes

Diretor-geral da agência convocou líderes a tomarem medidas urgentes

O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia, alertou hoje para "uma crise de emprego sem precedentes" devido à piora das condições de trabalho.

Durante um debate sobre a criação de emprego nas reuniões do Fórum Econômico Mundial (FEM), Somavia convocou os líderes empresariais e governamentais presentes no Fórum a tomarem medidas urgentes para enfrentar a situação.

O responsável pela agência da ONU alertou que a crise global do emprego gera uma preocupação crescente por seu impacto nos mercados e nas receitas, e porque ameaça a credibilidade das democracias no mundo.

Segundo ele, colocar a criação de trabalho, o emprego global, o desenvolvimento de novas formas de capacitação e a mobilidade profissional na agenda do encontro seria um grande passo para conscientizar os líderes mundiais sobre a urgência do problema.

O diretor da OIT acrescentou que, apesar do forte crescimento econômico, de 4,3% em 2005, a economia mundial não responde adequadamente à criação de novos empregos para aqueles que entram no mercado de trabalho.

Somavia ressaltou também que a falta de oportunidades teve um custo muito alto na vida de mulheres, homens e suas famílias, não só porque significa que milhões de pessoas têm renda insuficiente, mas também porque "ter um trabalho decente influi na dignidade das pessoas, na auto-estima e na estabilidade de suas famílias".

Atualmente, a metade dos trabalhadores do mundo (quase 1,4 bilhão de trabalhadores pobres) vive com menos de US$ 2. São pessoas que trabalham na informalidade, que vai desde explorações agrícolas à pesca, passando pela agricultura e a venda ambulante nas ruas das cidades, sem impostos, previdência social ou assistência social.

A OIT lembrou que o desemprego está em seu maior nível e segue crescendo. O problema atinge hoje cerca de 192 milhões de pessoas no mundo (6% da força de trabalho). Destes desempregados, a OIT calcula que 86 milhões, quase a metade, são jovens entre 15 e 24 anos.

AGÊNCIA EFE
 

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