| 24/01/2006 23h36min
Milhares de pessoas de várias partes do mundo estiveram reunidas hoje na manifestação festiva que deu início ao VI Fórum Social Mundial (FSM) em Caracas, capital venezuelana. "Igualdade para todos" e "Outra América Latina é possível" foram alguns dos lemas presentes nas centenas de cartazes que tomaram conta de Caracas, com o ritmo de músicas típicas da Venezuela.
A chuva intermitente durante o dia atrasou o início da manifestação. O fórum será realizado até domingo. O médico argentino Julio Monsalvo declarou aos jornalistas que participa do VI Fórum Social Mundial para impulsionar "uma mudança rumo a um mundo mais saudável, baseado na paz, na igualdade, na ecologia e no desenvolvimento sustentável". Uma estudante americana de San Francisco, que se identificou como Justine, afirmou, por sua vez, que foi a Caracas para "saber o que está acontecendo na Venezuela" e informar outras pessoas nos Estados Unidos, sobretudo sobre as mudanças propostas pelo presidente Hugo Chávez.
Os organizadores do Fórum informaram que até esta terça-feira haviam feito inscrição 67 mil participantes, número abaixo dos 150 mil previstos no início. Edgar Lander, integrante da Coordenação do FSM, disse que serão realizadas mais de 2 mil reuniões "em busca de alternativas que confirmem que outro mundo é possível e necessário".
Embora o fórum possua caráter multidisciplinar, vários de seus organizadores asseguram que boa parte dos debates será dirigida à análise da possibilidade de sociedades se desenvolverem sob uma concepção socialista no século XXI. Outros assuntos em destaque envolvem a presença militar americana no continente e no mundo, a cooperação internacional, a situação dos camponeses e indígenas, o problema dos meios de comunicação, a proteção do meio ambiente, o terrorismo e o narcotráfico.
O único presidente presente será Hugo Chávez, na próxima sexta-feira. O dirigente participará de um debate sobre a construção de "uma visão conjunta da problemática mundial e as perspectivas para o fórum do próximo ano, que será em Nairóbi".
O FSM, que nasceu como resposta ao Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), era realizado desde 2001 em Porto Alegre. Este ano ocorrerá também em Bamaco (capital do Mali) e na cidade paquistanesa de Karachi, além de Caracas.
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