A Petrobras divulgou nota na noite desta quarta afirmando que não produz álcool e que não tem controle sobre o preço do produto. O documento foi redigido em razão de informações sobre o valor da gasolina.

"Os recentes ajustes de preços nas bombas têm sido conseqüência do aumento do preço do álcool anidro, sobre o qual a Petrobras não tem qualquer ingerência. A produção desse combustível [álcool] é realizada pelas usinas e destilarias de cana-de-açúcar e o seu preço de comercialização, assim como a gasolina, também varia conforme as leis de mercado. Os produtores de álcool vendem o produto diretamente às distribuidoras de combustível, sem interferência ou influência da Petrobras", diz a nota.

A empresa afirma, na nota, que o último reajuste praticado em suas refinarias ocorreu em 10 de setembro de 2005, com percentual de 10%. No texto, a empresa informa ainda que o preço pago pelo consumidor no posto de gasolina é formado por seis componentes diferentes e que qualquer alteração em um deles reflete no preço final do combustível na bomba. Esses componentes são: impostos (maior parcela, 48%), o custo do álcool anidro (11%) e as margens de comercialização das distribuidoras e dos revendedores (11%).

Ao abastecer o veículo no posto revendedor, o consumidor está adquirindo gasolina "C", que é uma mistura de gasolina "A" com o álcool anidro, segundo a nota. O percentual de mistura é definido por lei, podendo variar de 20% a 30%. Atualmente, esse percentual está definido em 25%, de acordo com a portaria 554/03 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A nota diz ainda que a gasolina "A" (sem álcool) pode ser produzida pela Petrobras, por outros refinadores instalados no país, por centrais petroquímicas particulares ou ainda pode ser importada por empresas autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). "A mistura do álcool e a inclusão de aditivos à gasolina "C" são realizadas exclusivamente pelas distribuidoras, responsáveis, também, pela aquisição do álcool anidro. A compra e revenda do álcool hidratado combustível são igualmente de responsabilidade das distribuidoras", aponta a nota.

AGÊNCIA BRASIL