| 04/01/2006 17h20min
O governo federal admitiu hoje estudar medidas para barrar a alta do preço do álcool. Segundo o diretor do Departamento de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Angelo Bressan, a decisão final será tomada em uma reunião com setores privados e outros ministérios como o da Fazenda, Desenvolvimento, Casa Civil e Minas e Energia. A reunião deverá ocorrer na próxima semana.
Entre as ações que poderiam ser adotadas pelo governo está a redução do volume de álcool anidro na gasolina de 25% para 20% até a próxima safra, que começa em abril. É avaliado ainda um possível acerto com usineiros, para impedir o aumento do preço.
Segundo Bressan, para evitar que a diminuição do álcool afete o preço da gasolina, a idéia é reduzir a Cide sobre o produto, que atualmente representa R$ 0,28 do preço do litro da gasolina. A redução no percentual de mistura, de acordo com Bressan, vai provocar uma economia de 100 milhões de litros de álcool por mês, o
que dará fôlego para a demanda
do álcool que está maior que a procura neste período de entressafra.
O diretor destaca que o preço do álcool nas usinas, atualmente em R$ 1,10, não é um valor exagerado, porque o custo da produção está entre R$ 0,75 e R$ 0,80. Ele reconhece, no entanto, que é preciso tomar alguma medida para que o preço não continue subindo. Depois de subir 28% em 2005, o álcool hidratado iniciou 2006 com alta de 6% para o consumidor, segundo dados da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes.
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