| 28/12/2005 17h24min
Representantes de organizações sociais, religiosas e políticas da Argentina apresentaram hoje uma ação na Justiça para a suspensão do pagamento antecipado da dívida total que o país tem com o FMI. A iniciativa pretende, além disso, que seja declarada a inconstitucionalidade da lei que apoiou a decisão do governo argentino, aprovada pelo Parlamento na última quinta-feira.
– O pagamento é imoral porque foi determinado sem a realização de uma investigação séria sobre as origens dessa dívida – disse aos jornalistas o Prêmio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquivel, uma das personalidades que lideram o recurso. Além de Esquivel e de outras personalidades, representantes eclesiásticos e de organizações sociais, a ação foi apresentada pelo economista Claudio Lozano e por Nora Cortiñas, integrante da organização humanitária Avós de Praça de Maio, e mais.
O Governo do presidente Néstor Kirchner anunciou há duas semanas que quitará em um só pagamento, na próxima segunda-feira, os US$ 9,81 bilhões que o país deve ao Fundo Monetário Internacional (FMI), utilizando reservas do Banco Central. A medida, que vai significar uma economia de US$ 840 milhões em juros, foi divulgada dois dias depois de o governo brasileiro ter anunciado o pagamento antecipado de US$ 15,5 bilhões em dívidas com a mesma instituição.
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