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 | 18/12/2005 11h18min

Amorim destaca união dos países em desenvolvimento

Embora modestos, avanços foram considerados importantes

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, coordenador do G-20 (grupo dos países em desenvolvimento, a maioria deles exportadores agrícolas) disse neste domingo que o resultado da reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Hong Kong "é positivo, mas não extraordinário". Amorim ressaltou que este resultado foi obtido em decorrência da unidade dos países em desenvolvimento – não só os que formam o G-20 – e que o texto tem "avanços importantes na questão agrícolas, ainda que não sejam avanços imensos".

O documento preliminar foi ratificado pelos 150 países-membros na reunião plenária de encerramento do encontro, e traz de concreto a fixação de 2013 como a data limite para o fim dos subsídios às exportações agrícolas. O chanceler brasileiro admitiu que houve poucos avanços em acessos a mercados – também dentro das questões agrícolas – mas que "já se sabia que a negociação seria limitada".

Celso Amorim agradeceu também o que chamou de "noção de justiça" introduzida pelo diretor-geral da OMC, Pascal Lamy. Ao ser perguntado se os países em desenvolvimento podem se considerar vencedores, o chanceler do Brasil respondeu:

– Se os países pobres não ganham, não ganha ninguém.

Na mesma linha, o ministro argentino de Relações Exteriores, Jorge Taiana, destacou que a unidade dos países pobres é a verdadeira razão para que tenham sido obtidos "modestos ainda que significativos progressos" em Hong Kong.

AGÊNCIA EFE
 

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