| 15/12/2005 14h20min
Ativistas sul-coreanos, considerados os mais violentos do movimento antiglobalização, encenaram hoje um protesto pacífico, de caráter quase religioso, contra a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Os manifestantes, cerca de 2 mil, agricultores sul-coreanos em sua maioria, percorreram mais de um quilômetro e meio, ajoelhando-se a cada três passos, segundo o costume budista, para simbolizar seu "respeito" e sua "humildade" frente ao comércio global.
Durante a marcha, que transcorreu entre o parque de Vitória e o centro de convenções onde se reúnem os ministros do Comércio de 149 países, os manifestantes caminharam em silêncio, que em alguns momentos se alternava com ruídos de atabaques, cantos e gritos de "Não à OMC", "Não aos tratados de livre comércio" e "Não a George W. Bush".
A manifestação foi acompanhada por muitos ativistas de países da América Latina, que disseram "querer compartilhar as aspirações do povo coreano".
Quando chegaram às imediações do centro de convenções, foram recebidos por um contingente de policiais antidistúrbios. No entanto, hoje não houve confrontos violentos com a Polícia, como fizeram nos últimos dois dias.
A Polícia de Hong Kong acionou 9 mil policiais para garantir a segurança em torno da conferência, mas está utilizando a tática de situar mulheres da Polícia nas primeiras filas de contenção.
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