| 12/12/2005 18h40min
O presidente do Conselho de Administração da Sadia, Walter Fontana Filho, pediu apoio do governador Roberto Requião nas medidas de prevenção à gripe aviária. Entre os pedidos de providências já encaminhadas ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, estão a contratação de mais agentes sanitários, instalação de laboratórios descentralizados, condições para que se implante a regionalização da produção e a implantação do guia de trânsito de animal específico para aves.
– No que depender do Paraná, vamos fazer tudo o que for possível. O Paraná já adiantou as medidas que cabem ao Estado – afirmou o governador Roberto Requião.
O Paraná tem 25% de toda produção nacional de aves – a maior no Brasil – e vai abater um bilhão de animais em 2005. Fontana alerta que qualquer surto da zoonose pode comprometer 70 mil empregos no Estado e duas mil propriedades rurais no Estado.
– A nossa preocupação é bastante grande com a falta de empenho maior do governo federal no que diz respeito à defesa sanitária. Se não levarmos bastante a sério o problema da defesa sanitária, estaremos correndo um risco muito grande no Brasil de perder as posições já conquistadas no agronegócio.
Ele discorreu ainda sobre os problemas que o setor já enfrenta com a febre aftosa.
– A aftosa atinge muito a Sadia porque afeta a exportação de suínos. A Sadia produz a metade do seu abate de suínos no Paraná e o Estado impossibilitado de exportar para o nosso principal mercado que é a Rússia nos afeta sobremaneira – apontou Fontana ao se referir aos dois milhões de cabeças que abate por ano no Paraná, o que representa metade da produção da empresa.
A Secretaria da Agricultura já instituiu a equipe de auditagem para o Programa Nacional de Sanidade Avícola e Regionalização Sanitária da Avicultura no Paraná. A iniciativa padroniza os procedimentos sanitários para a Região Sul, Sudeste e, futuramente, para todo o país.
Além disso, o Estado criou o Grupo Especial de Atendimento Sanitário Emergencial – Aves (Gease-Aves) – que oficializa a implantação de 10 corredores sanitários para o controle de trânsito intra e interestadual de aves. Cada Núcleo Regional da Secretaria da Agricultura está identificado como unidade veterinária para atuar com ênfase em sanidade avícola.
Outra medida viabilizou o aporte de recursos e incorporou o Centro de Medicina Aviária do Paraná, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), à Rede Oficial de Diagnóstico Avícola da Secretaria da Agricultura. O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) patrocinam o curso de Emergência Sanitária – Aves que está sendo realizado na UEL sob a coordenação da Secretaria da Agricultura e da universidade.
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