| 09/12/2005 19h12min
A CPI dos Correios decidiu recorrer ao Office of Comptroller of the Currency (OCC), departamento norte-americano especializado em rastrear dinheiro de terroristas, para obter informações sobre a conta Dusseldorf, empresa off-shore do publicitário Duda Mendonça nas Bahamas. A decisão deve-se à negativa oficial do Departamento de Estado dos Estados Unidos em fornecer dados da quebra do sigilo bancário da conta.
A comissão já aprovou um requerimento para que seja feito um pedido de informações ao escritório e o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), relator-adjunto da CPI, já fez contatos com dirigentes do órgão. O OCC foi criado nos EUA após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, em Nova York, e é responsável pela busca de recursos provenientes também do tráfico de drogas e de corrupção política.
Segundo Paes, especialistas do OCC lhe disseram que poderiam dar informações mesmo que não fossem pedidas diretamente pelo governo brasileiro. A CPI deve encaminhar um requerimento com o pedido de informações na próxima semana.
- O Brasil criou uma relação com a Promotoria de Nova York e até parece que essa é a única instituição disponível para requisitarmos a quebra de sigilo quando o OCC tem muito mais instrumentos para isso. Os dirigentes do escritório norte-americano já me informaram que aceitariam o requerimento - afirmou Paes.
O próprio Duda Mendonça confirmou em depoimento à CPI que a conta da Dusseldorf, na agência do Bank Boston International de Miami, recebeu pelo menos R$ 10 milhões em depósitos feitos pelo esquema organizado pelo empresário Marcos Valério e pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
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