| 25/11/2005 09h35min
O deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS) tem dúvidas sobre as notas fiscais apresentadas ontem pelo colega João Paulo Cunha (PT-SP). Os três documentos têm números seqüenciais e comprovariam o uso de R$ 50 mil recebidos do empresário Marcos Valério. O ex-presidente da Câmara é investigado por suposta quebra do decoro parlamentar. Ele alega não saber da origem dos recursos, que teriam sido utilizados para o pagamento de pesquisas eleitorais.
– São três notas numericamente em seqüência. A primeira foi emitida em 9 de setembro de 2003 e a última, em 17 de dezembro. Se vale dizer que essa empresa (a Datavale) durante praticamente quatro meses fez unicamente essas pesquisas. Ou a empresa fez outros serviços e sonegou ou realmente há algum problema – explica Schirmer, que é relator do processo no Conselho de Ética.
Durante a entrevista de hoje ao programa Atualidade da Rádio Gaúcha, Schirmer disse que o caso de João Paulo é especial por apresentar fatos incontestáveis. Ele prometeu interpretar as informações, buscar a verdade e fazer justiça. No mesmo programa, o petista voltou a alegar inocência.
– Apresentei a minha versão. O relator fez uma série de perguntas, algumas até minuciosas. E eu não me recusei a responder nenhuma delas – disse.
João Paulo descartou ainda qualquer irregularidade na contratação da empresa SMP&B, de propriedade de Marcos Valério, pela Câmara dos Deputados. O contrato, assinado no início da gestão do petista (2003-2004), tem valor de R$ 10,7 milhões.
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