Oktoberfest 2008 | 20/10/2008 09h20min
Sedenta por um copo de água numa festa movida a chope e com o coração acelerado, balanço o corpo para tentar disfarçar o nervosismo. Grudada na escada à direita do palco, espero, ansiosa. Já passa das 3h de sábado no Setor 2 do Parque Vila Germânica. Em instantes, vou me juntar à Banda Cavalinho, que anima o público da 25ª Oktoberfest. Minha missão? Dançar a música A Marreca diante de milhares de foliões.
Os minutos passam rápido. Amigos me dão força e incentivo. Mas nada alivia a tensão que sinto. E olha que tive pelo menos duas semanas para me acostumar com a idéia de participar do show, a convite do Oktoberzeitung, caderno especial do Jornal de Santa Catarina que fala sobre a Oktoberfest. Amo dançar! Mesmo assim, sinto um frio na barriga.
Enquanto aguardo, tento lembrar a coreografia ensaiada duas vezes com a dançarina Janaína Viana. Os passos são fáceis. Difícil é lembrar em que parte da música eles se encaixam. Respiro fundo. Recordo as palavras da minha instrutora: "Fica tranqüila, Cleisi, vou estar contigo".
Acalmo-me um pouco. Penso em como estava descontraída na hora de vestir o figurino (que precisou de uns pontinhos nas alças antes de eu subir ao palco), arrumar o cabelo e pintar os olhos com sombras prata e azul. Torço para que a banana ingerida antes de ir para Vila Germânica surta efeito contra possíveis câimbras. Evito pensamentos negativos.
Os minutos passam. Chega a minha hora. Olho para o palco e subo os degraus. Começo a pular. Ufa! Deixo a música me levar. Lava bem, lava bem a tua marreca, vê se tu não dá ela pra ninguém... Sinto o público vibrar com a energia dos músicos e vice-versa. Troco os momentos de angústia pelo prazer de dançar. As batidas do coração continuam aceleradas, mas, agora, são os movimentos aeróbicos que me deixam no gás. Rendo-me à coreografia. Danço para um lado, dança pro outro. Tremo o bumbum. Como num piscar de olhos, a música acaba.
Estou mais leve. Liberta. Olho para o público.
Despeço-me da banda. Pronto! Missão
cumprida. Sou recebida no chão com aplausos de amigos. Acho que fui bem. Mato a sede com uma garrafinha de água mineral. Reflito. Bem que eu poderia ter ensaiado mais uma música. Fica para a próxima, né, Banda Cavalinho?
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