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 | 08/12/2005 16h53min

Brasil é líder mundial de exportação de carne bovina em 2005

Vendas para o mercado externo do produto brasileiro devem chegar a US$ 3 bi

O Brasil deverá encerrar o ano de 2005, pelo terceiro ano consecutivo, como líder mundial nas exportações de carne bovina, com vendas de US$ 3 bilhões para o mercado internacional. A ocorrência de focos de febre aftosa não afetará as exportações nacionais, conforme indicam dados das vendas externas realizadas até novembro e do acumulado dos últimos 12 meses.

– A queda é pequena e de magnitude extremamente inferior ao que o mercado previa – afirma o presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira.

O embargo de vários países à compra de carne bovina brasileira, em virtude da febre aftosa em municípios de sul de Mato Grosso do Sul, em outubro, não impediu que os contratos de exportações fossem cumpridos. Os Estados impedidos de exportar redirecionaram sua produção para o mercado doméstico e outras unidades da Federação estão atendendo a demanda do Exterior.

As vendas para o Exterior, nos últimos 12 meses, incluindo novembro somam US$ 3 bilhões, 25,13% superior aos US$ 2,4 bilhões registrados entre dezembro de 2003 e novembro de 2004. No mês passado, as exportações in natura de carne bovina somaram 71 mil toneladas, uma queda de 22,4% em relação ao volume remetido para o mercado externo em novembro de 2004. A receita dessas vendas somou US$ 170,8 milhões, 7,6% menor em relação aos US$ 184,8 milhões registrados no mesmo mês do ano passado.  A queda nas exportações deve-se, também, à greve dos fiscais agropecuários no mês passado.

A Rússia continua a liderar as importações individuais do produto brasileiro, tendo comprado, em novembro, 28,7 mil toneladas de carne bovina in natura. No acumulado de janeiro a novembro deste ano, as receitas com as vendas para aquele país somam US$ 530, 4 milhões, um incremento de 132% na comparação com o mesmo período de 2004.

Nogueira ressalta que o pecuarista enfrenta, há quase três anos, queda de renda. Estudo da CNA e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) indica que os custos totais de produção, entre janeiro e outubro, cresceram 6,21%, enquanto que o preço pago pelo boi gordo caiu 7,45%.

Os focos de aftosa prejudicam a recuperação dos preços, conforme tendência iniciada na segunda quinzena de setembro. Antes do surgimento da doença, o mercado futuro negociava a arroba entre R$ 63,50 e R$ 63,90 para novembro e dezembro. No final de novembro, o mercado em São Paulo operou a R$ 54 a arroba.

CNA
 
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