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 | 31/10/2005 13h11min

Rodrigues diz embargo à carne brasileira só vai até o final do ano

Até agora, 48 países suspenderam as suas importações do Brasil

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, acredita que até o final do ano o país conseguirá reverter a maior parte dos embargos estrangeiros à compra de carne brasileira. Segundo ele, o setor público e privado estão empenhados em mostrar ao mercado internacional a qualidade do produto e a inexistência de focos generalizados da febre aftosa. Além disso, se o Brasil vinha sendo criticado por não adotar medidas para atestar a qualidade dos seus produtos, a situação muda agora de figura, já que estão sendo liberados recursos para a instalação de laboratórios reconhecidos internacionalmente. Até agora, 48 países suspenderam as suas importações do Brasil.

Rodrigues disse que é difícil falar das perdas de maneira concreta, mas lembrou que há um estudo da Ícone (instituição privada de avaliação em agricultura) que mostra que se o embargo fosse mantido por um período longo, de 6 meses, por exemplo, os prejuízos com a exportação brasileira ultrapassariam US$ 1,5 bilhão. Esse prejuízo considera as perdas com as vendas de carne bovina, de frango e de suína. Mas isso, afirmou, é na pior das hipóteses, levando em consideração o cancelamento dos pedidos de todos os países compradores. O prejuízo só com a carne bovina chegaria a US$ 1 bilhão no período.

Segundo o ministro, todos os casos de aftosa estão sendo notificados imediatamente, sendo todos da mesma origem. Ele explicou que há um problema ainda não resolvido em relação ao Paraná, porque as análises não deram positivas. Portanto, não, caracterizam a evidência de aftosa, como mostraram as indicações inicialmente.

O ministro disse que o Brasil vinha sendo cobrado para melhorar os seus sistemas de análise, mas que tinha dificuldade de atender os pedidos dos compradores.

–  A imagem do país vinha sendo um pouco conspurcada, digamos assim, na área internacional, sobretudo pelas exibições que anos a fio tem vindo ao Brasil, nos últimos 5, 6 ou 10 anos, colocando propostas para melhoramentos dos nossos sistemas – comentou.

– E eu acredito que por causa disso, os investimentos que faremos nos próximos meses serão de tal ordem positivos que todas as promessas não cumpridas no passado, e que dessa forma foram negativas para o Brasil, serão cumpridas com bastante rigor e com sobras até – acrescentou.

AGÊNCIA O GLOBO

 
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