Você se acha gordinha e fica brigando com os quilinhos a mais que a balança acusa? Deixa disso, menina! Use seu lado fofinho e charmoso para brilhar nas passarelas e em campanhas publicitárias como modelo plus size! Em Curitiba, o mercado tem crescido aos poucos, mas tem gente que já está se antecipando para esse novo nicho de mercado.

É o caso da Liliana Nakakogue, designer de interiores, assessora de eventos e idealizadora do blog CWB Plus Size (clique aqui e acesse). Ela criou o blog para mostrar que Curitiba tem, sim, modelos até então considerados 'fora do padrão'. “O blog veio com o propósito de mostrar os trabalhos existentes aqui em Curitiba e na região, e fazer essa ponte entre aquelas que querem ser modelos e as agências que se interessam por modelos plus size”.

O blog, que entrou no ar no final do ano passado, já passa de 33 mil acessos. Mulheres de 25 e 35 anos são as que mais procuram o espaço. “As jovens ainda têm um pouco de vergonha, e preferem se adequar ao peso a se enquadrar num perfil plus size. Numa certa idade, você começa a gostar do seu corpo e se aceita daquele jeito”, explica Liliana.

Franciane Regina Barbosa, de 31 anos, é um exemplo. No começo deste ano, ela acessou o blog e viu que havia oportunidades para as mulheres 'fofinhas'. “Entrei em contato com a Liliana, e ela me pediu algumas fotos. Enviei, ela achou legal, e fui convidada pra fazer um trabalho para a Camomilah (clique aqui e acesse). Nunca imaginava que pudesse fazer esse tipo de trabalho”, conta.

Para Franciane, ainda existe muito preconceito para com aquelas que não estão 'no padrão', mas aos poucos o mercado vai enxergando as 'gordinhas. “Aqui em Curitiba a gente tinha – e ainda tem – dificuldade de comprar roupas. Mas aos poucos o mercado vai se abrindo. Geralmente, roupa para gordinhos eram só aquelas coisas largas. Hoje a gente já encontra camisas, vestidos, jeans, lingeries, e isso é legal”, completa.


No detalhe, a modelo Franciane (Foto: Carlos Fortunato, Divulgação)

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A simpática Franciane fez apenas esse trabalho como modelo plus size, mas está aberta a novas oportunidades nessa área. Atualmente, ela trabalha no setor administrativo de uma editora, e também ajuda a incentivar o mercado plus size. “Tenho algumas amigas que são gordinhas e já indiquei esse trabalho. A gente tem uma autoestima um pouco baixa. Não me acho a pessoa mais linda do mundo, mas não sou a mais feia (risos). Acho que todas têm uma qualidade e, trabalhando como modelo, posso incentivar várias pessoas. A ideia é se valorizar, independente do corpo que você tem”, finaliza.

A Staff Models já está no mercado plus size. Segundo Graziele Corradi, a agência seleciona modelos para campanhas e desfiles mais específicos. “Aqui recebemos mulheres entre 20 e 35. São as que mais procuram. Todas as terças-feiras fazemos um pré-agendamento, ou seja, uma pré-seleção, avaliamos a desenvoltura e as medidas da modelo”. Graziele lembra que todas as modelos são remuneradas e que não é necessário ser modelo profissional.

O proprietário da South Models Paraná, Erickson Cristiano Nascimento, também está ampliando o espaço para as plus size. “Começamos com o plus size na metade do ano passado, e temos recebido bastante gente. Geralmente são mulheres de 21 a 40 anos. Oferecemos trabalho fotográfico e para comerciais. Em breve vamos abrir uma seleção para as modelos plus. Às vezes, a pessoa acha que não pode ser modelo, não tem perfil pra isso, mas nós queremos mostrar que é possível”, explica Nascimento.

E você, que se acha mais 'fofinha', que tal deixar a vergonha de lado e mostrar que todos, independente do tipo físico, têm uma beleza especial?

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