| 07/12/2011 15h
A pretensão salarial do candidato é um assunto delicado e que, muitas vezes, não pode ser respondido pontualmente. Ainda assim, o candidato pode ser questionado e deve encontrar uma posição sobre o quanto quer ganhar no novo emprego caso seja selecionado. Não existe um cálculo padrão para se chegar ao valor, mas algumas dicas básicas como pesquisar a média salarial das empresas e ter clareza sobre o planejamento para o futuro ajudam a formular uma boa resposta.
Para Eduardo Ferraz, consultor de gestão de pessoas, em entrevista para a Catho Online, o profissional deve levar em consideração sua atual situação. “Se ele está desempregado, deve pedir a média que o mercado está pagando, mas se já está trabalhando e foi procurado por outra empresa, pode sim pedir mais”, explica. É importante que o profissional que está tentando uma recolocação no mercado saiba qual a média salarial para o cargo que almeja. Com esta informação, ele consegue negociar com mais facilidade com o recrutador.
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A pesquisa sobre a média salarial pode ser feita em sites de consultoria em recursos humanos, também utilizados pelos recrutadores das vagas. Segundo Tamara Karawejczyk, professora dos cursos de Administração e Tecnólogo em Recursos Humanos da Unisinos, o mercado regula a oferta salarial de acordo com a demanda por profissionais. Ou seja, uma área com menor número de candidatos qualificados terá um salário acima da média.
“É importante que o candidato saiba os valores aproximados para a vaga. Além das informações na internet, pode ativar a rede de relacionamento e descobrir quanto outros profissionais ganham com o mesmo trabalho. Os valores devem ser adequados à realidade”, enfatiza.
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Mas o salário não deve ser o único aspecto que o candidato deve avaliar quando responde à pergunta sobre sua pretensão salarial. Os benefícios, a perspectiva de crescimento e vantagens, como flexibilidade de horário e proximidade da casa, por exemplo, também devem ser colocados nos cálculos do profissional. Benefícios como plano de saúde, cursos de idiomas, faculdade, academia, entre outros, podem eliminar custos que ele teria, diminuindo assim sua necessidade de um salário mais alto.
Para Tamara, seja qual for a pretensão salarial do candidato, o valor só deve ser informado caso seja solicitado. “O melhor é colocar no currículo apenas se for necessário. O gestor pode olhar friamente um valor no papel e eliminar o candidato antes mesmo de conhecê-lo. Se não está no currículo, pessoalmente será possível conversar e negociar”, explica.
Foto: Divulgação
Um dos riscos de apostar em pretensões muito altas está em se ver obrigado a reduzir o valor para ser contratado. Fechar acordo com um salário muito mais baixo pode soar como se o candidato estivesse desvalorizando o próprio trabalho. “O candidato deve demonstrar autoconhecimento e planejamento futuro para a carreira. Tem que comprovar que precisa daquele valor para prestar o serviço. Uma pretensão estratosférica pode prejudicar mais do que trazer sucesso”, conclui a professora.
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O mais importante é o candidato ser sincero com sua pretensão, levando em conta o aspecto ético no processo seletivo. Uma vez definidos os objetivos e metas, será mais fácil montar um plano com valores.
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