Nosso Mundo | 12/07/2011 07h10min
Diretor-executivo da Associação Brasileira de Sommeliers em São Paulo (ABS — SP), o consultor Arthur Azevedo coloca um pouco de água no chope dos entusiastas de orgânicos. Proprietário de uma publicação sobre vinhos, Azevedo considera desnecessária qualquer diferenciação que possa transmitir ao consumidor a ideia de que os não orgânicos façam mal à saúde.
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Para ele, certificações e definições são um entrave ao aumento e popularização do consumo do produto:
— Já provei orgânicos e biodinâmicos ótimos e outros intomáveis. A certificação acaba restringindo o consumidor. Não consigo ver qual a importância disso para o mercado. É colocar minhoca na cabeça do comprador.
Colega de Azevedo, o presidente da ABS — SP, José Luiz Alvim Borges, adota uma postura menos refratária. Borges acredita que muito da qualidade de orgânicos e biodinâmicos está na dedicação e no envolvimento dos produtores que adotam essas práticas.
— A impressão que eu tenho é de que o método de produção orgânica é benéfico, pois tudo que se puder tirar de pesticidas e defensivos é melhor para a pessoa, para o produtor e para o ambiente. Quanto à qualidade do vinho, eu não consigo ter certeza se é fundamental, não sei se pessoas com esse caráter, se fizessem um vinho não orgânico, também não fariam um bom produto — especula.
Ressaltando que o único risco dos vinhos é o consumo excessivo de álcool, Azevedo resume em poucas palavras o que pensa sobre a bebida:
— Para mim, tem dois tipos de vinho no mundo: os bons ou os ruins. Se é orgânico ou não, não me interessa.
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