Ambiente | 03/07/2011 09h15min
Munidos de novos métodos de análise, cientistas da Universidade de Aalto, na Finlândia, descobriram que as emissões de carbono das pessoas são praticamente as mesmas nas cidade e nas áreas rurais. Acima de tudo, as emissões de CO2 responsáveis pelas mudanças climáticas dependem mais dos bens e serviços as pessoas consomem, e não de onde elas vivem.
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Um estudo do pesquisador Jukka Heinonen e do professor Seppo Junnila coloca as emissões para o local de consumo, e não para onde são produzidas.
- Se um aparelho de TV é feito em uma fábrica no campo, mas comprado e utilizado por uma pessoa na cidade, a emissão de carbono gerada na fabricação da televisão deve ser alocada para o consumidor, não para o fabricante - disse Heinonen.
A pesquisa utilizou uma nova abordagem híbrida de análise do ciclo de vida (ACV) para quantificar as emissões de carbono, considerando a produção, as transações monetárias e as estatísticas de consumo. A análise híbrida do ciclo de vida, incluindo as emissões feitas pelas pessoas fora de suas regiões de origem, não foi feita no passado por dificuldades de execução. Ao contrário de estudos anteriores, os pesquisadores também foram capazes de medir o impacto dos serviços consumidos na pegada de carbono.
Os cientistas descobriram que o consumo de carbono era diretamente ligado aos hábitos de renda e consumo.
- Por exemplo, as pessoas ricas viajam mais de avião. Como resultado, produzem muito mais emissões do que aquelas que ganham menos - diz Heinonen.
Foram avaliadas pessoas em duas das maiores regiões metropolitanas da Finlândia. Eles descobriram que os maiores impactos sobre a pegada de uma pessoa são energia, climatização, construção e manutenção de edifícios e transporte privado. O transporte aumenta a pegada de carbono no campo, mas o impacto é mínimo em comparação a outros fatores.
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