Ambiente | 20/05/2011 10h48min
Siga o @zhnossomundo no Twitter
Em artigo publicado quinta-feira na revista científica Nature, uma das mais conceituadas do mundo, a professora Margareth Copertino, do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), defendeu a importância da proteção da vegetação costeira para equilibrar a emissão de carbono no planeta. Essas áreas seriam capazes de captar o gás entre cinco e 15 vezes mais do que os ecossistemas terrestres.
Oprograma foi denominado carbono-azul em alusão ao programa carbono-verde, que incentiva a plantação de árvores para reduzir os efeitos do gás na atmosfera. Margareth é a única brasileira a fazer parte de um grupo de estudo sobre o assunto. Eles se reuniram em Paris, em fevereiro, para criar o Coastal Blue Carbon (Carbono Azul Costeiro, em tradução livre), disposto a discutir políticas de proteção às áreas.
Para a pesquisadora, o Brasil seria o local ideal para iniciar a campanha de valorização e conservação do carbono-azul. O país tem 200 áreas protegidas na costa, o que representa apenas 20% de todo o território e é apenas 25% do total destacado pelo governo como prioridade na proteção ambiental. Além disso, 20% dos brasileiros vivem nas áreas costeiras. O país comporta o terceiro maior manguezal do mundo e abriga cerca de 20 mil hectares de pradarias submersas próximas a recifes tropicais e lagoas costeiras, em sua costa de cerca de 9 mil quilômetros.
Com parte da população praticando a agricultura e a aquicultura predatórias, cresce a ameaça de aumento no efeito estufa. Por isso, segundo ela, há necessidade de medidas urgentes para evitar a degradação da costa.
– Para o Rio Grande do Sul, seria necessário ampliar a fiscalização das leis já existentes. A ocupação de áreas na costa, a pesca de arrasto e a poluição aceleram a degradação do ambiente – diz Margareth.
Curta o Nosso Mundo no Facebook
Grupo RBS Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2011 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.